Jeffrey Dahmer: O canibal | ARQUIVOS DO PASSADO


Alerta de Gatilho: Conteúdo Sensível
Esta matéria aborda temas extremamente perturbadores que causam desconforto emocional, incluindo tortura, homicídio, abuso sexual, canibalismo e desmembramento. Não indicada para leitores sensíveis e menores de 18 anos.

Na década de 80, jovens foram seduzidos para um apartamento em Wisconsin, se tornando vítimas de canibalismo e necrofilia por Jeffrey Dahmer.

| Escrito por Leticia Vitória de Melo Torres


Jeffrey Dahmer ficou conhecido como “O Canibal de Milwaukee” por, ao longo de uma década, cometer uma série de assassinatos brutais. Ele atraía jovens homens para sua casa com a promessa de dinheiro ou companhia, apenas para drogá-los, abusá-los sexualmente, assassinar e, em alguns casos, desmembrar e devorar os corpos. Sua residência tornou-se um ambiente de horrores, com restos humanos escondidos por todos os lados. De 1978 até 1991, quando foi pego, o serial killer fez 17 vítimas.

O responsável pela denúncia foi Tracy Edwards que, quase se tornou uma de suas vítimas, o conhecendo em um bar e sendo convidado para o apartamento do assassino. Chegando no lugar, percebeu que havia cometido um erro terrível e tentou fugir, mas acabou sendo algemado na residência por horas, onde pôde ver os diversos corpos que ainda estavam em processo de decomposição. O rapaz tentou manipular Dahmer dizendo que não o abandonaria se fosse libertado e que estava ali porque gostava dele. Durante a negociação, aproveitou um momento de distração para sair correndo do prédio.

Ao ver dois policiais na rua, o homem sinalizou e contou o que havia acontecido para as autoridades, que resolveram investigar. Os oficiais descobriram 74 Polaroids de cadáveres, quatro cabeças congeladas e diversas outras provas necessárias para incriminar o assassino.

Essa não foi a única oportunidade que a polícia teve para descobrir os crimes. Haviam situações anteriores em que ele poderia ter sido preso, no entanto, a falta de responsabilidade com a comunidade impediu a detecção de suas ações. Por exemplo, além das inúmeras queixas dos vizinhos sobre o mau cheiro no apartamento, o adolescente Konerak Sinthasomphone poderia ter sido salvo. O menino de 14 anos teve ácido clorídrico injetado no cérebro para mantê-lo em estado de semiconsciência. Dahmer então saiu para ir ao mercado e, ao voltar, encontrou Sinthasomphone em estado de confusão mental conversando com três mulheres na rua, que chamaram a polícia. Os policiais foram convencidos pelo assassino que aquilo era apenas uma briga de namorados e então foram embora, deixando o adolescente para ser morto algumas horas depois.

A preferência de Jeffrey Dahmer por homens negros e periféricos como suas vítimas revela uma estratégia para evitar a descoberta de suas práticas. Ao direcionar as ações para pessoas marginalizadas, menos protegidas pela sociedade e, consequentemente, se aproveitar do racismo sistêmico que esses desaparecimentos deixariam de receber atenção e urgência por parte da polícia e mídia em comparação com pessoas brancas.

Em 1992, ele foi condenado a 16 prisões perpétuas. A sentença foi entregue diante dos crimes hediondos cometidos. Dois anos depois, enquanto estava no presídio de segurança máxima, foi espancado até a morte com uma barra de ferro pelo detento Christopher Scarver.

Após a morte de um dos maiores assassinos em série da história, muitos pesquisadores expressaram interesse em usar o cérebro dele como objeto de estudo para psicopatia e distúrbios mentais. Porém, foi muito debatido sobre questões éticas e morais. As famílias das vítimas não queriam que Dahmer fosse uma contribuição para a pesquisa científica, sendo cremado diante do solicitado pelos familiares.

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