Larry Hall: The Black bird | ARQUIVOS DO PASSADO
Alerta de Gatilho: Conteúdo Sensível Esta matéria aborda temas que causam desconforto emocional, incluindo suicídio, agressão física sequestro e homicídio. Não indicada para leitores sensíveis e menores de 18 anos.
Larry Hall, um criminoso itinerante, foi responsável por uma série de assassinatos contra jovens mulheres, onde sua maioria eram adolescentes. Sua maneira de agir incluía sequestrar suas vítimas, mantê-las em cativeiro e assassiná-las, crimes esses que ocorreram na década de 90. Larry cometia seus crimes por diversos estados nos Estados Unidos como Indiana, Ohio, Illinois e Missouri. Ainda não é possível saber a quantidade exata de jovens que foram assassinadas.
| Escrito por Beatriz Vieira de Paula
Conhecido pelo seu comportamento antissocial e sua fascinação por guerras, Larry foi condenado pelo assassinato de Jessica Roach, uma adolescente de 15 anos. Especula-se o envolvimento dele com outros crimes, como de Tricia Reitler, uma jovem de 20 anos, a maioria dos corpos de suas vítimas até hoje não foram encontrados.
Jessica Roach, desapareceu em Georgetown, Indiana em 1993. Ela voltava para casa em sua bicicleta, até que sua irmã notou sua demora para chegar, já que ela não tinha o costume de se atrasar. Seu pai imediatamente acionou as autoridades, mas de primeiro momento, os policiais não haviam muitas informações sobre o caso.
No dia 8 de Novembro de 1993, quase dois meses depois de seu desaparecimento, um funcionário que trabalhava em um milharal, em Indiana, enquanto usava uma colheitadeira, bateu em algo, logo percebeu que era um corpo e acionou a polícia. Foi descoberto que se tratava de Jessica. Devido aos danos causados ao corpo pelo equipamento de colheita, a perícia não conseguiu determinar o que havia acontecido com ela.
Após investigações, foi constatado surgimento de uma van de duas cores no milharal, mas segundo testemunhas, não foi possível ver quem a conduzia e nem a placa do automóvel. Apenas um ano depois, com uma série de denúncias alegando um homem, dentro de uma van, parecida com a vista próximo ao local do corpo de Jessica, observando e perseguindo mulheres em seus bairros, que foi possível achar o paradeiro da veículo e do seu dono, Larry Hall.
Depois de muita insistência da polícia, ele confessou seu envolvimento no caso de Jessica, informou que teria tirado sua vida com um cinto. Ele confessou também o assassinato de outras jovens, mas que não se lembrava de seus nomes, nem rostos.
Na perícia feita na casa de Larry, os investigadores encontraram recortes de jornais que comentavam sobre um outro caso. Tricia Reitler, uma jovem estudante de Psicologia de 19 anos que desapareceu em março de 1993. Ela escrevia seu trabalho de conclusão de curso quando decidiu fazer uma pequena pausa, foi até um mercado e logo depois pretendia retornar ao seu dormitório. Por conta de sua ausência durante 24 horas, a polícia foi acionada. A polícia achou o jeans, a camisa e os sapatos de Tricia em um campo, além disso, encontraram o material genético e um brinco na calçada a cerca de 400 metros da loja onde a Tricia esteve no dia em que desapareceu. Devido aos recortes encontrados sobre o caso da Tricia, Larry passou a ser um suspeito.
Em 1995, Larry foi condenado acusado de sequestro sobre o caso de Jessica, mas não exatamente por homicídio por não haver provas suficientes sobre o local onde a vítima perdeu a vida, segundo a lei do estado onde o crime ocorreu, seria necessário saber o local para imputar ao Larry o crime de homicídio.
A polícia, querendo saber o paradeiro de Tricia e de outras vítimas de Larry, fez um acordo com Jimmy Kenner, traficante condenado a 10 anos de prisão, para ficar na mesma cela com o assassino e descobrir sobre seus casos, e por conseguinte ter sua liberdade antecipada.
Segundo o delator, Larry teria confessado ter matado Tricia mas nunca onde estava o corpo. Até que um dia, Jimmy teria visto Larry esculpindo falcões de madeira e colocando em cima de um mapa que ele mesmo teria feito. Segundo Jimmy, não foi possível ver com exatidão do que se travava, pois o assassino teria escondido com rapidez o mapa, depois que percebeu que o delator estava observando.
Ao perceber a quantidade de falcões marcando os supostos locais onde estariam os corpos, Jimmy acabou insultando Larry aos gritos. Os agentes penitenciários não sabiam do plano da polícia, que teria Jimmy como delator, que revelava suas descobertas em visitas dos agentes que se passavam por visitantes comuns. Com isso, quando viram a discussão na cela, os responsáveis pela prisão colocaram o delator na solitária, onde ficou 15 dias sem nenhum contato com os agentes da polícia. Quando finalmente foi ouvido Jimmy tentou se lembrar dos detalhes do mapa mas não conseguiu. O mapa jamais foi encontrado pelas autoridades.
As autoridades conseguiram montar uma lista de 14 prováveis vítimas de Larry, sendo apenas seis encontradas, mas identificadas já sem vida, outras seguem desaparecidas. Larry começou a cumprir a pena de prisão perpétua dele no Missouri, posteriormente foi transferido para o Complexo Correcional Federal na Carolina do Norte, uma prisão psiquiátrica Federal, pelo sequestro da Jéssica Roach. Seus advogados chegaram a tentar recurso, que não foi aceito pela justiça. Com isso, Larry teria tentado suicídio, mas não obteve sucesso.
Jimmy Keener escreveu um livro sobre sua vivência dentro da cela junto com o serial killer, que tem a estimativa de ter sequestrado e matado mais de 40 jovens em diferentes estados. O que foi de inspiração para uma série de streaming chamada Black Bird.
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