A Mãe da Vingança - Marianne Bachmeier | ASSASSINAS EM SÉRIE
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Esta matéria aborda temas extremamente perturbadores que causam desconforto emocional, incluindo homicídio e violência contra criança e abuso sexual. Não indicada para leitores sensíveis e menores de 18 anos.
Em uma cidade pequena da Alemanha Ocidental, Lübeck, Marianne Bachmeier executou com 8 disparos, Klaus Grabowski, o assassino de sua filha, em pleno tribunal. O caso ocorreu no ano de 1981.
| Escrito por Beatriz Vieira de PaulaKlaus Grabowski foi acusado de estuprar e assassinar Anna Bachmeier, uma menina de apenas 7 anos, filha de Marienne Bachmeier. Mãe e filha eram vizinhas do assassino.
O caso aconteceu em 1980. A menina buscava refúgio na casa de um amigo após uma briga com a mãe, até que foi pega e levada para a casa de Klaus. O corpo foi encontrado horas depois. Anna havia sido estrangulada por uma meia-calça da noiva de Grabowski.
Buscando seus antepassados, foi descoberto que ele tinha sido condenado por abuso sexual infantil e que em 1976 teria sido castrado quimicamente após ter molestado duas meninas.
Durante o julgamento de Klaus, sobre o caso de Anna Bachmeier, a defesa alegava que a garota teria chantageado o assassino para receber dinheiro em troca do seu silêncio e se caso não o fizesse, a menina de 7 anos o acusaria de abuso sexual. Ele alegava ter sido a motivação para cometer tal crime por medo de voltar para a prisão. A história afetou Marienne que ficou indignada com as acusações, o que segundo ela, jamais sua filha faria qualquer ameaça. Ao final do caso, Grabowski foi condenado pelo assassinato de Anna, mas não foi possível comprovar se houve ou não abuso sexual contra a menina.
Não satisfeita com a sentença, Marienne portava uma pistola semiautomática - Beretta M1934 - e atirou 8 vezes contra o assassino em pleno tribunal de Lübeck, atingindo-o 7 vezes. Após os disparos, testemunhas ouviram a mulher chamar Klaus de “porco”.
A “Mãe da Vingança”, como ficou conhecida, contou aos policiais que não suportava mais ouvir mentiras sobre sua filha e que precisava agir de alguma forma. A última cena que Marianne se lembrava, antes de tomar a decisão de atirar em Klaus, foi o pedido dele para fazer mais uma declaração. Ela pensou: "Agora vem a próxima mentira sobre a vítima, que era minha filha".
A sentença de Bachmeier dividiu opiniões. Inicialmente ela foi acusada de homicídio doloso. Mais tarde a promotoria retirou sua acusação e após quase 30 dias de negociação o veredito foi de que ela seria condenada por homicídio culposo e posse ilegal de arma de fogo, sendo condenada a seis anos de prisão.
Após 3 anos cumprindo sua pena, ela foi solta e se mudou para Sicília, onde trabalhou como enfermeira de doentes terminais e escreveu também um livro sobre sua vida. Vítima de Câncer, Marianne Bachmeier faleceu em 1996.
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