Bernardo Boldrini: relembre a criminologia do caso e as últimas notícias| ASSASSINAS EM SÉRIE


Alerta de Gatilho: conteúdo sensível 
Essa matéria aborda temas extremamente perturbadores que causam desconforto emocional, incluindo homicídio e violência contra a criança. Não indicada para leitores sensíveis e menores de 18 anos.

Garoto de 11 anos, desaparecido no dia quatro de abril, de 2014, foi encontrado morto por policiais. 

|Escrito por Laura Caixeta




Bernardo Boldrini, de 11 anos, era filho de Leandro Boldrini e Odilaine Uglione. Morava em Três Passos com o pai,a madrasta, Graciele Uguline e com a meia-irmã, filha do casal. Sua mãe havia cometido suicídio em 2010, no consultório de Leandro, que era médico.

O garoto estava desaparecido desde o dia quatro de abril de 2014 e de acordo com a polícia, foi visto pela última vez às 18 horas daquele dia, quando iria dormir na casa de um amigo. Dois dias depois, seu pai foi procurá-lo na casa do colega, mas a mãe do menino disse que o garoto não havia ido ao local.

Ainda sem sucesso na busca pelo filho, no dia 13 de abril (2014), Leandro pede ajuda em uma rádio, para tentar encontra-lo e no dia 14 de abril o menino foi encontrado morto, a 80km de Três Passos. O corpo de Bernardo estava dentro de um saco, enterrado em Frederico Westphaten, em um matagal.

Bernardo sofria em casa, abusos psicológicos constantemente, chegou até mesmo a passar fome e após passar pelo trauma da perda da mãe, começou a se tornar uma criança depressiva e agressiva.

Para tentar contornar a situação, o pai, que era médico, dava antidepressivos ao garoto. Desesperado, o menino começa a pedir por ajuda nas ruas e chegou até mesmo a ir no conselho tutelar, alegando passar por maus tratos dentro de casa, mas infelizmente não teve a devida atenção.

Após encontrar o corpo do garoto, à polícia levou como suspeitos o pai, a madrasta e uma amiga do casal, Edelvância Wirganovicz. Um mês depois o irmão de Edelvância, Evandro Wirganovicz, também foi pego como suspeito e os quatro foram acusados de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.

A justiça apontou a causa da morte do garoto por superdosagem de sedativo e no dia do crime, Graciele havia sido multada por excesso de velocidade em uma via, próxima a cidade. O policial responsável por aplicar a multa disse ter visto a mulher junto com o garoto, dentro do carro.

Em 2019 os quatro foram condenados. Leandro a 33 anos e 8 meses de prisão, mas em 2021 a decisão foi anulada e em 2023 o caso volta a juri e ele é novamente condenado, desta vez a 31 anos e 8 meses de reclusão.

A madrasta continua presa e Edelvância e Evandro estão cumprindo a pena em regime semi-aberto.



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